28 dezembro 2015
26 dezembro 2015
Todos as anos passamos
os olhos em inúmeras leituras, entretanto, há sempre aquelas que se sobressaem
e marcam muito mais com seus significados e profundidades.
22 dezembro 2015
Abelha
Não me provoque
Pelos gregos
Por toda a relutância que eu me implore
Pelo aroma a fragrância que te envolve
19 dezembro 2015
15 dezembro 2015
Talea - Diálogo filosófico
Talea, palavra de origem italiana, que quer dizer "corte". Trata-se, na verdade, de um tipo de licor Amaretto, muito pretigiado na Itália. Esse é um diálogo entre dois homens sábios e desocupados
13 dezembro 2015
Resolvi compartilhar com vocês algo que me acompanha todos os dias, quase o tempo todo: A música.
11 dezembro 2015
Não importa o quanto tentemos nos convencer de que somos fortes; em certas épocas do ano,
parece impossível lutar contra o funesto efeito do tempo. Os dias parecem mais pesados sobre nossas
costas, e constantemente nos vemos mergulhados em alguma lembrança distante, perdidos entre pessoas que há muito deixaram de fazer parte de nossas vidas, em sentimentos que há eras deixaram de nos habitar o peito; lembranças que, embora boas, nos causam determinado grau de sofrimento.
Nas ruas, nas praças, no asfalto morno, na luz pálida das estações, entre os rostos desconhecidos dos transeuntes: uma estranha melancolia paira sobre todas as coisas; lemos saudades em cada canto, em cada parede, em cada poste, em cada cenário de vivências passadas, e temos medo; temos medo da próxima esquina, da próxima memória que nos pegará de costas, desprevenidos.
Jogadas as cartas na mesa, é difícil escolher quais recordações levaremos ou não para o ano seguinte, ao mesmo tempo em que nos arrependemos amargamente de certas coisas de outros tempos; não de nossos atos, mas da ausência deles – do que deixamos de fazer por nós mesmos. Não podemos negar: Aqueles que fomos um dia são os estranhos mais capazes de nos humilhar, de nos decepcionar.
Pela noite, a temperatura é agradável, as árvores brilham enfeitadas e os casais caminham de mãos dadas pelas calçadas do centro, vendo as luzes de natal; sentem-se felizes, sentem-se plenos, infinitos: curam-se dos acessos nostálgicos característicos deste período. E também pelos bares, nos shoppings, nos lares, na presença dos outros, na união com o outro; sedentos pela próxima dose, pela próxima foto : cada um foge à sua maneira de suas angústias. Mas agora, neste exato momento, não há noite libertina que me contente, não há os outros nem fugas; há apenas este céu alaranjado enterrando mais uma tarde tristonha em feixes disformes através de minha janela, e o putrefato aroma dos dias já idos correndo-me a narina. Com efeito, se meus sentidos não me enganam, se estas coisas todas forem mesmas reais, então tudo indica que caímos em dezembro – quando o ano se desfaz em luzes e memórias.
parece impossível lutar contra o funesto efeito do tempo. Os dias parecem mais pesados sobre nossas
costas, e constantemente nos vemos mergulhados em alguma lembrança distante, perdidos entre pessoas que há muito deixaram de fazer parte de nossas vidas, em sentimentos que há eras deixaram de nos habitar o peito; lembranças que, embora boas, nos causam determinado grau de sofrimento.
Nas ruas, nas praças, no asfalto morno, na luz pálida das estações, entre os rostos desconhecidos dos transeuntes: uma estranha melancolia paira sobre todas as coisas; lemos saudades em cada canto, em cada parede, em cada poste, em cada cenário de vivências passadas, e temos medo; temos medo da próxima esquina, da próxima memória que nos pegará de costas, desprevenidos.
Jogadas as cartas na mesa, é difícil escolher quais recordações levaremos ou não para o ano seguinte, ao mesmo tempo em que nos arrependemos amargamente de certas coisas de outros tempos; não de nossos atos, mas da ausência deles – do que deixamos de fazer por nós mesmos. Não podemos negar: Aqueles que fomos um dia são os estranhos mais capazes de nos humilhar, de nos decepcionar.
Pela noite, a temperatura é agradável, as árvores brilham enfeitadas e os casais caminham de mãos dadas pelas calçadas do centro, vendo as luzes de natal; sentem-se felizes, sentem-se plenos, infinitos: curam-se dos acessos nostálgicos característicos deste período. E também pelos bares, nos shoppings, nos lares, na presença dos outros, na união com o outro; sedentos pela próxima dose, pela próxima foto : cada um foge à sua maneira de suas angústias. Mas agora, neste exato momento, não há noite libertina que me contente, não há os outros nem fugas; há apenas este céu alaranjado enterrando mais uma tarde tristonha em feixes disformes através de minha janela, e o putrefato aroma dos dias já idos correndo-me a narina. Com efeito, se meus sentidos não me enganam, se estas coisas todas forem mesmas reais, então tudo indica que caímos em dezembro – quando o ano se desfaz em luzes e memórias.