31 dezembro 2016



Era o sábado de natal, eu havia acordado com uma agonia na garganta, cuja intensidade aumentou no decorrer do dia até que no principio da noite já tocava os limites do suportável. Mas o que mais me oprimia eram os pensamentos que me ocorriam. Isolado das comemorações dos homens, levado pela embriagues suave de algumas doses, eu divagava sobre o tempo pretérito e o presente, todo o nosso mundo e o meu mundo particular, e muito do que eu via só aumentava meu desespero e desgosto.